Este blog foi criado como estratégia pedagógica para aperfeiçoamento do uso das ferramentas digitais proposto pelo curso Leitura e Escrita em Contexto Digital, do programa Práticas de Leitura, oferecido pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo a professores da rede pública. Tais atividades integram uma gama de experiências teóricas e práticas realizadas a distância, em método modular, tendo em vista, principalmente, o objetivo de criar capacidades para interagir em contexto digital.

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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Experiência Pedagógica

No ano de 2005, desenvolvi um projeto voltado à formação de leitores, para as 7ª séries em que lecionava em uma escola da Rede Pública Paulista, na região da Grande São Paulo.
Essa experiência pedagógica partiu da necessidade de levar para dentro das salas de aula, o prazer por ler um livro, já que muitos educandos não tinham esse hábito e outros ainda tinham o costume de iniciar alguma leitura e não terminá-la; vários motivos eram elucidados para justificar tais ações.
Para aguçar a curiosidade dos alunos, no início, optei por contar de forma breve e em aulas alternadas, alguns trechos de livros que já havia lido, sempre deixando alguns suspenses no ar. Comecei a perceber que alguns dos discentes vinham procurar-me para que eu emprestasse o livro ou para que os ajudasse a procurá-lo na biblioteca da escola.
Certo dia, li em sala de aula o 1º capítulo de uma adaptação de Walcyr Carrasco, bem interessante do livro: Os Miseráveis – Vitor Hugo. Lembro-me que quando terminei esse capítulo, ainda restava algum tempo para que ocorresse a troca de aula/ classe e a sala em coro solicitou-me que continuasse a ler só mais um pouquinho...
Nos dias que se seguiram, continuamos a ler o livro só que de forma alternada, pois cada um dos alunos lia um trecho e/ ou capítulo até que terminamos a leitura de forma bem dinâmica e interativa.
Naquela época, muitos educandos despertaram para o maravilhoso mundo da leitura. De vez em quando, eu percebia que havia um misto de competição saudável entre os alunos, pois todos sempre queriam contar-me algo que estavam lendo ou que estavam por ler. A família também foi fundamental neste período de formação de leitores, porque muitos pais perceberam a mudança de hábitos em seus filhos e comentavam nas reuniões, que eles estavam lendo mais e melhor.
No ano seguinte, optei por continuar com as mesmas turmas e pude de fato não só concretizar o meu trabalho como solidificá-lo e ampliá-lo, atingindo assim, um número maior de leitores, pois além de lermos vários livros de diferentes gêneros textuais, durante o ano letivo, criávamos oficinas literárias, exposições, dramatizações, confecções de livrinhos ...
Vale destacar, que a maioria desses maravilhosos alunos foi para o Ensino Médio, formaram-se e até hoje quando os encontro, sempre de acordo com os acasos da vida, eles rememoram as nossas aulas e confessam-se ainda leitores ativos, seja como vestibulandos, graduandos ou quaisquer outros papéis sociais que estejam desempenhando no momento.
Diante do exposto, fico muito feliz enquanto educadora por ter mudado a maneira errônea de alguns educandos pensarem ou dirigirem-se à leitura e por ter de fato proporcionado a mudança de um espaço educativo e social.

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