Relatos de experiências com a palavra escrita
Reminiscência
Um dia desses fiquei com o peito apertado de saudade. Passeando na praça central dacidade, assim do nada, senti o arrebatador aroma da “moreninha”. Explicomelhor: a minha professora de Língua Portuguesa da primeira série do ginásio -era assim que se falava na época – havia determinado que lêssemos um romance e,da relação estabelecida, coube-me ler “A Moreninha”, do escritor Joaquim Manoelde Macedo. Retirei o livro na biblioteca da escola e desde a primeira vez que oabri fiquei, digamos, inebriado pelo perfume que ele exalava. Penso que,propositadamente, uma das leitoras deva ter chuviscado aquele perfume pelaspáginas do livro. Ocorre que, meio século depois, ainda posso reconhecer aquelearoma que me acompanhou durante a leitura daquela história de amor, tendo comocenário a Ilha de Paquetá, com a mocinha e o mocinho que se conhecem, seapaixonam e acontecem coisas que atrapalham a consumação do amor entre eles,até que, ao final os dois terminam felizes para sempre.
Serialeviano se afirmasse que fui apaixonado por leituras. As leituras que fiz nainfância foram por obrigação e não por prazer. Meu, meu primeiro contato com omundo da leitura se fez com a “Cartilha Sodré” da qual tenho gratasreminiscências, no que pesem aquelas frases desconexas e sem qualquersignificado real. Com alegria relembro daquelas lições que cuidaram de garantira minha inserção no mundo da leitura e da escrita. Já pesquisei no Google, semnenhum sucesso!
Dequalquer forma não se pode negar que a leitura sempre exerceu grandeimportância no desenvolvimento das crianças.
JoséMilton Pavani Parolin
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